segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ao contrário do que diz Dilma, União põe R$ 1,1 bi em estádios da Copa

Rodrigo Mattos e Vinicius Konchinski*
Do UOL, no Rio de Janeiro



Ao contrário do que afirmou a presidente da República, Dilma Rousseff, em pronunciamento na sexta-feira, há sim dinheiro federal em obras de estádios da Copa de 2014. E não é pouco. Somados os incentivos fiscais, subsídios em empréstimos e até participação em arenas, a União já comprometeu cerca de R$ 1,1 bilhão com os locais para jogos do Mundial.

Em cadeia nacional, Dilma afirmou que: "Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação."

Mas não é bem assim. Os empréstimos para as obras das arenas foram concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com juros subsidiados, ou seja, mais baixos que o normal. Para facilitar a construção dos estádios e outras obras para o Mundial, o banco estatal abriu mão de R$ 189 milhões, valor que poderia ser aplicado em outros financiamentos para outros projetos.

Esse cálculo foi feito por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão também já identificou que as isenções de impostos federais concedidas pelo governo às construtoras responsáveis pelas obras dos estádios da Copa somam R$ 329 milhões.

Foi o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e aliado de Dilma, quem concedeu os incentivos fiscais às empreiteiras dos estádios. Em dezembro de 2010, ele assinou a lei 12.350 e as liberou do pagamento de PIS/Pasep, Cofins, Imposto sobre Produção Industrial, e taxas de importação sobre às construções de arenas da Copa.

Os 12 estádios da Copa aderiram ao programa Recopa, que concede os benefícios. Só com a Arena Pantanal, por exemplo, o governo já abriu mão de R$ 16 milhões em impostos por conta do Recopa. Isso representa em torno de 4,5% do valor da obra contratada do estádio.

Sociedade em Brasília

Os recursos federais ainda são responsáveis por 49% da reforma do Estádio Nacional de Brasília, o mais caro do Mundial. Isso porque a Terracap, empresa pública gestora do estádio, pertence 51% ao governo do Distrito Federal e 49% ao governo federal. O Conselho de Administração da Terracap, que toma as decisões da companhia, tem quatro membros indicados pela União e cinco pelo GDF.

Foi esse conselho que aprovou a aplicação dos recursos no estádio brasiliense. Isso aconteceu em 2011, já no governo de Dilma. De lá pra cá, o custo oficial só da obra da arena atingiu R$ 1,2 bilhão. Por causa da sociedade entre GDF e União, pode-se dizer que R$ 600 milhões são de recursos federais.

Vale lembrar que o Tribunal de Contas do Distrito Federal já informou que o Estádio de Brasília custa R$ 1,7 bilhão. A Receita Federal também divulgou que só a Fifa e suas parceiras ganharam R$ 559 milhões em isenção de impostos para realizarem a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

O UOL Esporte tentou ouvir o Ministério do Esporte no último sábado sobre a aplicação de recursos federais em estádios da Copa. Não obteve resposta.

Neste domingo, após a publicação da reportagem, o Ministério do Esporte se pronunciou. Confira a íntegra da posição do órgão:

- Não há um centavo do Orçamento da União direcionado à construção ou reforma das arenas para a Copa.

- Há uma linha de empréstimo, via BNDES, com juros e exigência de todas as garantias bancárias, como qualquer outra modalidade de crédito do banco. O teto do valor do empréstimo, para cada arena, é de R$ 400 milhões, estabelecido em 2009, valor que permanece o mesmo até hoje. O BNDES tem taxas de juros específicas para diversas modalidades de obras e projetos. O financiamento das arenas faz parte de uma dessas modalidades.

- Não houve qualquer aporte de recursos do Orçamento da União nos últimos anos para a Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília). Portanto, a matéria do UOL está errada. Não há recurso algum do Orçamento da União para a obra de nenhuma das arenas, o que inclui o Estádio Nacional Mané Garrincha.

- Isenções fiscais não podem ser consideradas gastos, porque alavancam geração de empregos e desenvolvimento econômico e social, e são destinadas a diversos setores e projetos. Só as obras com as seis arenas concluídas até agora geraram 24.500 empregos diretos, além de milhares de outros indiretos, principalmente na área da construção civil.

- É importante reforçar que todos os investimentos públicos do Governo Federal para a preparação da Copa 2014 são em obras estruturantes que vão melhorar em muito a vida dos moradores das cidades. São obras de mobilidade urbana, portos, aeroportos, segurança pública, energia, telecomunicações e infraestrutura turística.

- A realização de megaeventos representa para o País uma oportunidade para acelerar investimentos em infraestrutura e serviços, melhorando as cidades e a qualidade de vida da população brasileira. Os investimentos fortalecem o Brasil e seus produtos no exterior, além de incrementar o turismo no país, gerando mais empregos e negócios para o povo brasileiro.

Nota da redação: A Terracap é uma estatal pertencente a dois entes públicos: o governo do DF e a União. Seus recursos vêm da negociação de terras no Distrito Federal e poderiam ser incorporados ao Orçamento da União ou usados em outras formas de investimento. Não é necessário que a União destine diretamente recursos do seu caixa para que investimentos de uma estatal sejam considerados aplicações do governo federal. Além disso, é entendimento pacificado do Tribunal de Contas da União que isenção fiscal se configura, sim, como investimento público.

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dilma diz que receberá líderes de protestos e propõe pacto para melhorar transporte, educação e saúde.

Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília

Em pronunciamento de dez minutos em cadeia nacional de rádio e televisão nesta sexta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff afirmou que irá convidar governadores e prefeitos de todo país para "somar esforços" e discutir um pacto para a melhoria dos serviços públicos nas áreas de saúde, educação e transporte. "Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos."

O pacto, segundo a presidente, terá três focos: um Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo; a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação e trazer "de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde)".


Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2013/06/21/em-pronunciamento-dilma-diz-que-chamara-prefeitos-e-governadores-para-discutir-mobilidade-urbana.htm

quarta-feira, 5 de junho de 2013

NASCE REPUBLICA BRAZIL

Nasce em 1 de junho de 2013 o blog REPUBLICA BRAZIL que tenhe o objetivo de acompanhar e divulgar os acontecimentos políticos e administrativos dos Municípios, dos Estados e do Distrito Federal (Brasília). Este blog se coloca à disposição das pessoas citadas e demais interessadas para divulgar esclarecimentos ou outras versões dos fatos, em homenagem ao principio do contraditório, como também esta aberto a todos os cidadãos para com suas opiniões, opine sobre as noticias apresentadas por este blog. Enviem matérias do que esta acontecendo em seu Município, seu Estado para que o povo brasileiro tome conhecimento e reflita sobre os fatos da noticia. Mande sua matéria de a sua opinião para publicarmos neste blog, exerça o seu poder que é garantido pela nossa Constituição que é o de expressar sua opinião. Acesse o blog: http://alagoasenoticia.blogspot.com.br.